ambienteEvento contou com dois palestrantes e foi realizado à noite da última quarta-feira na Câmara de Indaiatuba

O vereador Bruno Ganem (PV) realizou na noite desta quarta-feira (27/1/2016) o Encontro Sobre Meio Ambiente, no plenarinho da Câmara de Indaiatuba. O evento contou com a participação de dois palestrantes, o ambientalista Marcos Custódio e do engenheiro civil Hamilton Lombardi. O parlamentar, ao final do encontro, destacou a importância de promover a discussão sobre o assunto e da participação da sociedade civil nas discussões acerca do tema, em espaços como o do legislativo.

Custódio, o primeiro palestrante, trouxe o assunto para o campo da discussão de “Qual o Futuro de Indaiatuba e a Indaiatuba do Futuro?”. “Como que a gente pensa numa cidade do futuro? O futuro está batendo em nossas portas e as pessoas ainda pensam meio ambiente como algo que está lá fora”, disse. Ele citou episódios como o da crise de abastecimento de água ocorrido no Estado de São Paulo em 2015. “A Grande São Paulo esteve a um passo do colapso”, destacou. “E várias cidades da região passaram por isso”, observou.

Ele abordou também a questão do crescimento das cidades. “Temos uma área verde em volta da cidade que é considerável”, afirmou. “E é nas cidades que as coisas acontecem. Nós precisamos nos envolver com as políticas públicas da cidade. Em 2030 aproximadamente noventa por cento da população brasileira vai viver nas cidades. É nas cidades que as pessoas estudam, trabalham, têm lazer, cultura, onde criam laços afetivos e emotivos. Então qual o tipo de cidade sustentável em que as pessoas querem viver? Indaiatuba é uma cidade rica mas que não trata cem por cento do esgoto que produz. É preciso haver equilíbrio, harmonia, qualidade de vida, justiça sócio-econômica e oportunidades para as próximas gerações”, explicou.

O segundo palestrante da noite, Hamilton Lombardi, destacou o princípio de cidadania com maior participação da população. “A gente está procurando fazer a mudança. De que vale toda a máquina pública se a gente não tiver ética? É preciso que as mudanças ocorram por meio da educação e da cultura sem a necessidade de tanta legislação. O crescimento da economia é muito complexo. É preciso que seja superado o pensamento de que quando chega a minha vez eu quero dar um jeitinho para conseguir um atalho. Na vida não existe atalho. Não dá para ser diferente disso. Eu moro num município marcado pela situação de um modelo implantado por um mesmo grupo político que opera há mais de vinte anos o mesmo projeto. É mais cômodo não querer mudar. O que adianta falar de meio ambiente nesta situação”, argumenta.

Ele citou o caso do rompimento da Barragem de Fundão, no município de Mariana, em Minas Gerais e a contaminação do Rio Doce, em Minas e no Espírito Santo, e do mar, por resíduos tóxicos das atividade de mineração desenvolvidos por grande empresas do setor.”As pessoas estão até hoje procurando o culpado quando a preocupação deveria ser de impedir que este tipo de tragédia aconteça. No no nosso caso, em Indaiatuba, passa-se a impressão de que ‘aqui está tudo lindo e maravilhoso e então não é preciso mudar’. A realidade não é esta. Quando se cria grandes empreendimentos imobiliários é preciso sim que haja participação popular, por meio de audiências públicas, por exemplo, para evitar problemas de abastecimento, de transportes e outras complicações que estão diretamente ligados ao meio ambiente e nossa qualidade de vida”, afirmou.

Ele considera que a oportunidade para as mudanças está na participação efetiva dos eleitores. “Vamos começar concertando o nosso espaço. Neste ano tem eleição municipal, então vamos arrumar a nossa casa primeiramente e depois o país. Vamos conhecer a nossa cidade e cobrar juntos o que não tem. Estão aterrando uma nascente. É um processo vergonhoso. Então vamos denunciar em conjunto. Se a gente quer alguma coisa diferente, a gente tem de fazer uma coisa diferente”, completou.

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