Mais de 100 lideranças da RMC – Região Metropolitana de Campinas e arredores estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira, dia 30 de julho, na Câmara Municipal de Valinhos para tratar de assuntos relativos à ampliação do aeroporto de Viracopos.
Esta foi a segunda reunião da Comissão Metropolitana, que é presidida pelo vereador Bruno Arevalo Ganem, e que foi criada em Indaiatuba no dia 16 de junho.
Neste segundo encontro, os vereadores, prefeitos, secretários municipais, representantes da sociedade civil e também o deputado estadual Camilo Gava discutiram os problemas que a ampliação trará para a população dos diferentes municípios e propuseram ações concretas a fim de garantir que os direitos dos cidadãos sejam respeitados durante todo o processo.
“A principal deliberação de hoje diz respeito à impugnação do EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), uma vez que o mesmo é inconstitucional e minimiza de maneira irresponsável os impactos ambientais e sociais”, diz Ganem. Segundo ele, tudo foi aprovado por unanimidade, mostrando que existe uma comunhão de pensamento entre os representantes.
Durante a reunião, também houve a palestra da presidente do Condema – Conselho de Meio Ambiente de Campinas, Mayla Porto, que expôs as fragilidades do projeto, dizendo que o mesmo é, sem necessidade, grandioso, e que não é sustentável em termos ambientais. “Isso gera um ônus imenso para todos os que vivem nas cidades da RMC. Por isso, temos que nos unir e exigir providências imediatas”, afirma.
Para finalizar, Ganem comenta que a Comissão Metropolitana se coloca favorável à ampliação, mas não da maneira como está sendo imposta.
Outras deliberações
– Pedir a redução da área de ampliação do aeroporto;
– Sugerir a expansão para a área industrial de Campinas, ao invés de impactar o meio ambiente em zonas rurais;
– Recomendar a construção de um aeroporto em Bauru, já que possui condições climáticas e de localização adequadas, com o objetivo de diminuir o impacto da ampliação somente em Viracopos;
– Exigir do DAIA (Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental) audiências públicas formais em todas as cidades envolvidas, assim como foram realizadas em Campinas e Indaiatuba;
– Encaminhar ao DAIA um questionamento sobre a falta de um plano de ampliação do sistema de saúde na região, de modo a comportar o aumento no número de pessoas em trânsito pela região;
– Solicitar um diagnóstico das condições atmosféricas da RMC;
– Criar comissões municipais nas 21 cidades, nos moldes das que estão instauradas em Campinas e Indaiatuba;
– Promover audiências públicas informais por parte da Comissão Metropolitana
– Realizar manifestações contra o EIA-RIMA nas 21 cidades impactadas;
– Promover passeata em Campinas (sem data definida);
– Requerer audiência com o governador José Serra; e
– Exigir que o parlamento metropolitano, formado pelos presidentes das Câmaras de RMC, também atue firmemente pelos interesses das 21 cidades envolvidas.
(Redação e Foto: Rachel Severo Alves Neuberger)
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