O secretário de saúde, José Roberto Destefenni, esteve reunido com vereadores, funcionários da Câmara Municipal de Indaiatuba, funcionários de creches municipais e conveniadas, funcionários da secretaria de educação, da Escola Ambiental Bosque do Saber e do DAE – Departamento de Alimentação Escolar, na tarde desta sexta-feira, dia 24 de julho, no CIAEI, para orientar e esclarecer dúvidas em relação à Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína.
Segundo Destefenni, o momento é difícil, pois a gripe é grave e requer uma série de cuidados em termos de prevenção e tratamento. “É preciso que fique bem claro que a situação preocupa, mas que todo ano é preciso ter cuidado com a gripe, pois é uma doença preocupante sempre”, afirma.
Um dos pontos mais importantes que foram tratados durante a reunião diz respeito à necessidade de se permanecer em casa em caso de sintomas de gripe. “Os adultos, ao terem febre alta, gemência, falta de ar, dor ao tossir, respiração acelerada e ainda apresentem cor pálida, ou seja, sintomas de gripe, devem ficar em repouso, em casa, por uma semana”, diz. As crianças, de acordo com ele, não devem ir à escola por cerca de duas semanas.
A procura pelo médico deve acontecer, segundo orientações do secretário, nos postos de saúde e em consultas, sendo que os pronto-socorros devem ser procurados somente em casos de gravidade. “Encher os pronto-socorros dos hospitais é um risco de maior de contaminação e ainda prejudica o atendimento de quem realmente precisa”, comenta.
Para Destefenni, o que mais preocupa não é a gripe, mas as complicações que ela causa no organismo, como é o caso da pneumonia. “Mas a medicação”, alerta o médico, “só deve ser tomada com orientação médica”. Ele diz que não há remédio (Tamiflu) para toda a população, mas que crianças, idosos e pessoas que apresentam casos graves estão sendo assistidos com total observância dos médicos e outros profissionais da saúde.
Medidas preventivas Para o secretário de saúde, os locais de trabalho devem ser limpos com freqüência, com água e sabão ou mesmo álcool em gel, principalmente aqueles onde se recebe muitas pessoas. Os brinquedos devem ser selecionados e igualmente limpos, já que a criança tende a levar os mesmos à boca.
Lavar as mãos, segundo Destefenni, é um ato simples que deve ser repetido várias vezes ao dia, pois é um meio muito propício para a disseminação da doença. “O vírus não entra pela pele, mas, a todo momento, levamos as mãos à boca, nariz e olhos, o que causa a contaminação”, diz ele.
“Quando tossir, a orientação é usar um lenço descartável”, afirma o secretário, que, neste caso, esclarece que o uso de máscaras não é o mais ideal. Segundo ele, a proteção que a máscara proporciona é de cerca de duas horas, já que a umidade faz com que ela perca sua função.
Evitar locais públicos fechados também é bastante recomendável, já que o vírus está circulando nos ambientes.
Volta às aulas O secretário de saúde, seguindo informações da secretaria estadual de saúde, também orienta que a secretaria de educação municipal adie a volta às aulas em, pelo menos, uma semana. Assim, as aulas não terão início dia 27 de julho, conforme estava previsto em calendário.
Segundo a secretária de educação, Jane Shirley Escodro Ferretti, na próxima semana haverá reuniões com diretores, coordenadores, professores e funcionários das escolas para se discutir os planos de enfrentamento deste problema. Inclusive, haverá a antecipação de capacitações que já estavam previstas ao longo do semestre para enfrentar as dificuldades atuais.
“Precisamos estar preparados para orientar os pais e a comunidade em geral sobre os procedimentos a se adotar em caso de gripe”, diz. Segundo ela, por direcionamento da secretaria de saúde, na volta às aulas, somente alunos que não apresentem sintomas de gripe entrarão nas escolas. “Precisamos cuidar da saúde da criança doente e dos demais estudantes”, afirma.
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